476
ao
invés de filósofo com frescura co
que fala
pra
não parecer safado aos senhores da sala
resolvi
ser poeta preocupado ca palavra
em
si cheio de ypsilones do meu influxo inato
e
não ser explicativo do espiritual espirro
do
meu mister um mar de mistérios onde nado
sou
poeta por costume costurando costas ricas
do
meu gosto por gnoses que não goram o agnóstico
e
não cheio de razão me realizo com risas
por
experiência de erros e experimentos diabólicos
do
trilema e não teorias de terroristas tristes
pois
o hábito afia o artista feito logos
de
unas pra inversão inteligência e intuição
a
poesia é feita antes do fantoche do fetiche
primeiro
o feto fiat lux no futuro a reflexão
pois
somente os cegos de outros cegos
guias
refletem
na escuridão ensaios do que não existe
e
minha poesia pura parapsicologia
é
fácil de fazer falai esculpidas linhas
e
difícil de entender o édipo como esfinge
e
não me peça coisinha assim só de cool calcinha
pra
explicar vosso cu quente cas cuecas do futebol
pois
perde a graça de god e a garça de freud
e
às vezes não saber dum sorriso faz sol
Nenhum comentário:
Postar um comentário