terça-feira, 7 de outubro de 2014

476

ao invés de filósofo com frescura co que fala
pra não parecer safado aos senhores da sala
resolvi ser poeta preocupado ca palavra
em si cheio de ypsilones do meu influxo inato 
e não ser explicativo do espiritual espirro
do meu mister um mar de mistérios onde nado
sou poeta por costume costurando costas ricas
do meu gosto por gnoses que não goram o agnóstico
e não cheio de razão me realizo com risas
por experiência de erros e experimentos diabólicos  
do trilema e não teorias de terroristas tristes
pois o hábito afia o artista feito logos  
de unas pra inversão inteligência e intuição
a poesia é feita antes do fantoche do fetiche
primeiro o feto fiat lux no futuro a reflexão
pois somente os cegos de outros cegos guias
refletem na escuridão ensaios do que não existe
e minha poesia pura parapsicologia
é fácil de fazer falai esculpidas linhas
e difícil de entender o édipo como esfinge
e não me peça coisinha assim só de cool calcinha
pra explicar vosso cu quente cas cuecas do futebol 
pois perde a graça de god e a garça de freud
e às vezes não saber dum sorriso faz sol

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