terça-feira, 7 de outubro de 2014

527 

minhas grãs qualidades pra construir castelos
são tão naturais pérolas sob paredes de pedra
que na arte as emprego mais que estatal estratego
um endemoninhado exército de só eu
e meus pequenos erros por esquecimento ou éticos
são pro enorme êxito estético do museu
colaterais no colar-colou das locações
pois não me prendo a estúdios nem ao estudo estoico
de tão cético e cínico ao saber só citações
me estafo em regrinhas pra regência regional
artificiais que ojerizo as oficiais mas no órfico
as poucas e boas pro gênio fazer girar o geral
e sem olhar quem está olhando pra minha obra
o bem ou o mal faço o freguês que fale qual
quer um veja por mim a máquina sem manobra
corajoso sou pra mim em marinhas pra mercado 
e guerra ao desconhecido que a cada dia se desdobra 
se beneficio outros banhados por meus barcos
tá certo e satã é um santo no colégio
pois se bem não intento ao inimigo imaginário
ao menos o quero vivo se seu versus for versos
pra minha força com sílabas supersônicas sangrá-lo
tal não o temo empalhado no eterno sem enterro
quero é ser pra sempre enquanto sofram terráqueos

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