terça-feira, 7 de outubro de 2014

503

cá só não corro nu sem colmos nem no cúmulo
porque estou escrito mas não escondo o pudendo
nos túneis mais tenebrosos tento colocar tudo
de mim mesmo o possível o preciso podendo  
no zizum duma zorra de zeros atrás do um
no qual desço meu divo e me divirto a contento
com viciosos virtuoses e virtuosos sacripantas 
acima do zunzunzum de zés ou zen de tzus 
desse mundo perdido na prosa da propaganda
e aqui tomo posse do português passado
ao hy-brasil e não devolvo pois é dose danada
de mim mesmo o elo pra elidir o eleitorado
entre o feio de fora e o fundo de pandora
o ímpio e o impossível de índias catequizadas
e o exequível que se esforça pra enxergar as horas 
sempre há aumentando dos açores ao japão 
mais argila pra onde quer que olhe o oleiro
pois a seguir não sabemos na sensatez da ação
o que é impossível e no seu intento imperamos
não esperamos tempo tabu pro tabuleiro
pois pra todos os efeitos de enclise ou euclidianos
a poesia é pelos pelos pegando príncipe e peão
a arte do impossível e insistimos com isso
até não sobrar pedra sobre perda ao perdão

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