terça-feira, 7 de outubro de 2014

517

outro alguém em mim age assumindo o yin-yang
livremente ligando sem luvas as falanges 
ao bélico bumerangue que bate e volta com sangue 
não obstante na obra onipresente eu seja 
ele planeja coisas do começo de camonge
que quando vejo o vermelho de vésper de bandeja
estou no papel papeando com pitonisas longe
de surpresa e pra entender a esfinge mais escrevo
não obstante onisciente até dos órgãos mais monges
em vez de brigar brinco lhe beijo até de manhã
o poema é pra eu ser com suprema saúde e o preço  
é só não ter remédio pra remir os ramadãs
os outros deixo estar em escritórios escrotos
pois ateu de alucinógenos e aspirina não careço
e a ousadia de olhar o oráculo no olho
sou eu mesmo cum fato fosco e um facão
demasiado doido dentro do democrático boom
os outros são covardia de convento e convenção
e profeta de mim mesmo o mantra eu não amuo
testemunho um mestre todo metido em mênstruo  
sem temer superstições de subremacia do sul 
tal qualquer profecia que se preze e não para
já pronta do passado periférico atual centro
mas sempre mais respostas requerendo as raras

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