terça-feira, 7 de outubro de 2014

526

tanto mais alvo à vista não se vê as virtudes
e quanto mais escuro não se enxerga as eivas
na superfície são sombras pra que o cego não escute 
tanto blanc como black brilhantes no interior
e quanto mais há códigos quebrá-los sem uma queixa
é melhor pro mosaico do mundo aglutinador
sem pátria populada pelos parvos do cível
a vontade é viver viril mais que virtude
ou vício em vicissitude a maior vantagem possível
na posse de poseidon perscrutando os mares
neste mundo de males e moles de costume  
ao invés de bem duros pra desasar os desares
mas o único possível num passe de presente
pra dele fazer fezes que frutificam perfume
o impossível que será social séculos à frente 
com uma mão palmar vivas nos velórios de varíola
das cobiçadas virgens e vovós sem um verme
e ca outra praticar a punheta panegírica
ou apenas lorota pra livrar linhas tortas 
como acabei de agir pra agitar o sangue iogurte
por fruição de fazer um fósforo pra mil bocas
de fogão sem fiador que me fume em prosa fiada 
um real pra prestar conta ao cacique que não curte
a minha candidatura de caudilho confirmada

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