terça-feira, 7 de outubro de 2014

492

que o poema seja simbolista e surreal
mais bem escrito de élans e excrescências na liga 
que bem pensado parnaso ou pernície concretual 
pois quero dizer melhor o mistério não mostrado 
e o corrijo nas carreiras do carro pra minha briga
e cada vez afino a afição mais alto 
pois é mais pra entusiasmar o esrastes ao esporte
que pra encantar a estreme o estupro bem cortês
mais pra chocar alossauros e ativar androides
que pra chorar a charia e os chocos do lesoeste
haja o que agir meu ágio sou eu até em wu-wei
e me amplio e é tudo que testemunha meu teste
de aptidão nunca me amputo pra agradar multidão
ou coitada minoria pra que o mano não me multe
e se rijo me corrijo com colírio e calão
boto mais novos tempos que tiro tora e talmude
felicidade com fossos e com fáceis desconforto
do mito à metrópole a mesma juventude
maior a cada página sem pé que não pise em pífios  
baleia em céu brigadeiro e borboleta em mar fundo 
o mesmo poema do início do ignescente ínfimo
ao fim do frio infinito sem fé nem mesmo na física 
com poções matemágicas as metáforas mudo
mas na mesma visão venho pra veres sem fadiga

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