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talvez
eu escreva tábuas a tirar tabus das tabas
pra
saberem que sou gênio pois jamais de outro jeito
ninguém
saberia do sol de sons por trás de tantas
as
sombras silenciosas e sê-lo um selo centavo
pro
sedex não valeria mas é sem vender nem vieiras
preciosa
perla contando desde a cava contanto
que
sejam poucos que saibam soletrar o solstício
ambiciono
filólogos pro meu faro de feira
porquanto
muitos merdas do mercado impossível
que
me levem a sério como um cedro sírio
sem
esquecer esqueleto no esquife que isto tudo
pra
atrair tumulto e túmulos é um tour de delírio
e
grande brincadeira pra bichas em botão
e
bichos que tragam luz com suas leitoras lentes
da
obscuridade em busca de bocais pro bocão
e
os meus próprios versus dão visagem aos versos
porque
se não digo doce de dose em doze nentes
nem
saberás do sucesso que não cessa co incenso
e
muitos até amargos na armadilha do amor
raptarão
minhas imagens pra invocar inquices
mas
poucos de verdade com vista de velador
pro
vate os que captarão as capitais cacholas
da
paz por trás todavia pós-tudo se enfeiticem
da
destruição da paisagem pra mais pontes no pregola
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