terça-feira, 7 de outubro de 2014

478

talvez eu escreva tábuas a tirar tabus das tabas
pra saberem que sou gênio pois jamais de outro jeito
ninguém saberia do sol de sons por trás de tantas
as sombras silenciosas e sê-lo um selo centavo 
pro sedex não valeria mas é sem vender nem vieiras 
preciosa perla contando desde a cava contanto
que sejam poucos que saibam soletrar o solstício
ambiciono filólogos pro meu faro de feira
porquanto muitos merdas do mercado impossível
que me levem a sério como um cedro sírio
sem esquecer esqueleto no esquife que isto tudo
pra atrair tumulto e túmulos é um tour de delírio
e grande brincadeira pra bichas em botão  
e bichos que tragam luz com suas leitoras lentes
da obscuridade em busca de bocais pro bocão 
e os meus próprios versus dão visagem aos versos
porque se não digo doce de dose em doze nentes 
nem saberás do sucesso que não cessa co incenso
e muitos até amargos na armadilha do amor
raptarão minhas imagens pra invocar inquices
mas poucos de verdade com vista de velador
pro vate os que captarão as capitais cacholas  
da paz por trás todavia pós-tudo se enfeiticem  
da destruição da paisagem pra mais pontes no pregola  

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