terça-feira, 7 de outubro de 2014

516

o dia já clareia como se clero não escute                                                            
mas isso não é raro sem os ruídos das reses
e difícil como a noite pros nautas da negritude                                              
dum infindo pensamento que ninguém pince ou pese                                     
e a fará num momento de magna moralia                                    
toda luz quando eu coite clinâmens numa prece
ah luz da minha pica não te perco na pia
de vista estou acordado até um agora desses
do contra coletivas colocações e utopias
e sonhando com topos da toponímia do teatro
do mundo quando muito por modísticos frisos 
deveria estar no estágio estúpido de empregado  
com um sono profundo que não passa do piso
pro prazer programado e a pressa alheios
porém sonhando vou com vasos que tenho visos
coloridos com sangue sobre sabidos seios
pra alcançar a insônia insana e inteligente
da iluminação privada provando pavoneios
sem provações de eremitas nem evidências de estrelas
sem cansaço com câncer no cordel faca nos dentes
e caranguejos nas cordas vocais cócega que cega  
por não dormir detido na donzela e nos vilões
com todo tempo nos tímpanos de quem os textos pega  
pra eu fazer meu nômade nome entre as nações 

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