terça-feira, 7 de outubro de 2014

497

como todos sabemos dês sôbolas sarjetas 
que vão dum oceano a outro em busca de ouro 
ou deveríamos desde a dentição tagarelas
a sílaba substantiva após os sopros vogais
é base pra basílica pra bijuteria bojo
pra ode pé e cabeça contrapartida pro cais
mesmo que não pareça com parrhesia vou pô-los
por mais que ninguém ria ou não ranja as rótulas
mas gosto que com rótulo registrem os meus rolos
pra espécie evolucionar-se de ensaios pessoais
mais assaz articulada que em agências de notícias
de emprego escravo ou engodos aeroespaciais
entanto o susto é que ela só engatinha
pra engatar filosofias e faíscas de física
é preciso a escrita com estilo e escarninha
explosão de epopeias antes que esfrie na prosorreia 
e depois a alfabética pra alargar até a álgebra
pra civilização de cifras e uns de senha
na cibernética teia testemunha da taba 
sem floresta bem feia mas de flores ferrenhas
que com dureza áspera amanhã não acaba 
gerando gênios enquanto gerânios se extinguem
de caligrafia complexa pra campear zoadas 
acima dos campanários das catedrais cunilíngues 

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