terça-feira, 7 de outubro de 2014

554

não tenho ideologia pra ingressar no instituto
filosofia só um fio como fonte e não fim
e aí do mundo um muito do meu mental construto
se algum sistema for pra feitura forçoso
a minha sou eu e me faço e fecundante fundo 
o inútil ao indivíduo e o inagradável aos outros
convém força ao poema que faço por fazer
a teoria pode ser fraca e feita pra fantoche
até por um qualquer que não cora meu querer
e estudo muitas darsanas mas melhores são os motes
e faço o que posso porém eu não possuo
a culpa cristianizada se comigo não podem
sou foda e não perdoo ninguém pegado na pista 
pois não sei o que jogo e julgando todo jugo 
me livro ao menos do estado de estase por estatísticas
da religião com renda de requinte mais sensual
que bancos prostitutos e pornôs petrolíferas
e morais como moiras mantendo o normal
e até da família famoso falador
porém de mim jamais janota nos jornais
a tudo renuncio ou reduzo a rumor 
mas sem onerar o outro orgulhoso de ser eco 
a não ser que seja pimba em sanguínea cacimba
pro meu bem variável de vate a vade mécum

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