terça-feira, 7 de outubro de 2014

510

sou um peixe pescando petrificados navios
dentro dáguas profundas protegendo o passado
e um pedestre passeando na poça de um rocio
sem pessimismo cheio de schopenhauer chato 
nem mister de bicicleta pra bandidos me banirem
já fui criança em escolas e eclésias enganado
me deram os seus mundos que não munem uma mão
e fundos sem fundamento da feitoria do ourives
e pro ferrado na fábrica nem um furado tostão
contudo cresci contra os crediários incríveis
e me sustento sem pop nem precisão do pote
de áureo alumbramento atrás do arco íris
e busco meu sucesso sobre seios e sob saias
de quietinhas iguais cus e calças de saidinhas
e meus prazeres são da surreal ciência gaia
mas factível de jucundos jequitibás que dão jacas
pra libertação do preso pedreiro ou minha picuinha
co livre mercado já tá a maioria sob marca
das correntes da moeda meadas pra gente moída 
lhe prendendo dos pés ao pescoço que só pode
seu bólide balançar pra baixo e pra cima
numa possessão seja procissão ou parada
gay militar ou mix de misse com show de rock
a força dos imbecis mais ingente que inada  

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