terça-feira, 7 de outubro de 2014

530

sou meu único dogma mais duro que a ópus dei
sem drogas pra eu me achar ou me arrancar da anima 
meu objetivo sabei embora a sombra não sei
é destruir desenhos desanimados com minas 
é me desenvolver em doze dimensões
exclusivo como então sem etiqueta em vaginas
singular como ninguém pode ser negra ou nórdica
ainda que se manche a máscara de marrons
o verdadeiro bem e bobagem qualquer bórgia
nada devo a ninguém nem notas de rodapé
é fato e o acaso que me agracie mais ainda
pois sou a primeira e a única utilidade ué
e a última que perder posso e comigo pã
ou bem melhor pensando não me perco à pinda
nem com alzheimer mesmo se eu morrer uma manhã
não haverá ninguém que possa mais nada à noite
mas neste ponto pedal sou pagão impagável
e não cavalo por burros batizado e o meu boicote
não conseguem tirar deste meu traje trágico
e já me tenho todo e este tipo de música
de multa à multidão manterei em staccato 
e fora de mim seio sexo civilizacional
não há nem salvação nem sucesso de súcia
na programação da palavra primordial

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