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aqui
teoria literária nem pra liquefazer líquens
quanto
mais pra tal sólido de solidão somente
literaturas
lidas e na lida diária existem
aqui
muita literária loucura pras lacunas
pro
exílio do extraterrestre escorrer suavemente
teorias
são teologias e não troco o ateu coluna
que
sou sábio da samkhya à superfície do almaço
pra
arrancar o máximo não de mim esses mínimos
os
tijolos fanáticos duma fé pro fracasso
mas
santo e safado é meu sorriso compromisso
ca
prática dos poemas prodigiosos que faço
a
teoria que disfarcem os doutrinários detritos
enquanto
o eu monolito no meio da megalópole
clássico
e moderno não da moda pois mônada
vanguarda
e guarda suíça quente sopa frio sopre
de
livre matemática de matriz em metria
sem
cálculo que consiga me compreender a toda
pois
meu idioma é poético e é preciso poesia
no
poema portanto ponho fezes na flor
pra
que cresça corada na câmara sinfônica
e
se propague em perfume mas é peso o fedor
sofrósina
não seduz como a sirene infrene
kalokagathia
é gata mas a grotesca gótica
se
não pode preterir no pathos grandilouquente
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