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poesia
se faz e eu faço a minha e sem quem a faça
não
há poesia acima das poesias praticadas
profícuas
como os poetas podem ser de mil raças
pode
existir a minha sobre mao ou maomé
mas
só se eu a fizer da fala como se faca
a
poesia está em mim mas pra ser minha mulher
e
entrar em vós é forçoso eu fazê-la tal se finca
e
só posso a partir nem que pesque impagáveis
de
mim nascido pra isto com a ilha intrínseca
e
quem não inteligir o istmo que me interliga
aos
céus azar o seu servo da sorte que não zarpe
mas
é forçoso eu fazer o feito além da zica
que
só eu sou e posso se outro pudesse a paia
eu
mesmo não faria falta se não fosse o capaz
pois
não é nem a paraíba de poucas putas nas praias
nem
o brasil das bundas nem bayeux sem dar mais
que
agora e pra sempre de séculos ou centésimos
tem
o seu bardo sobre por salvador e sanás
mil
e um menestréis mas o mundo completo
que
embolsa comigo cânions canalizados
o
seu bardo acima por assis avon averno
de
milhões de trovadores por teorias travados
em
sua maioria são joio no jogo sob jugo prático
se
cotejo com meu trigo pra turista de tratados
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