terça-feira, 7 de outubro de 2014

482

poesia se faz e eu faço a minha e sem quem a faça 
não há poesia acima das poesias praticadas
profícuas como os poetas podem ser de mil raças  
pode existir a minha sobre mao ou maomé
mas só se eu a fizer da fala como se faca
a poesia está em mim mas pra ser minha mulher
e entrar em vós é forçoso eu fazê-la tal se finca
e só posso a partir nem que pesque impagáveis
de mim nascido pra isto com a ilha intrínseca 
e quem não inteligir o istmo que me interliga
aos céus azar o seu servo da sorte que não zarpe
mas é forçoso eu fazer o feito além da zica
que só eu sou e posso se outro pudesse a paia 
eu mesmo não faria falta se não fosse o capaz
pois não é nem a paraíba de poucas putas nas praias 
nem o brasil das bundas nem bayeux sem dar mais
que agora e pra sempre de séculos ou centésimos 
tem o seu bardo sobre por salvador e sanás  
mil e um menestréis mas o mundo completo
que embolsa comigo cânions canalizados
o seu bardo acima por assis avon averno
de milhões de trovadores por teorias travados
em sua maioria são joio no jogo sob jugo prático
se cotejo com meu trigo pra turista de tratados

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