terça-feira, 7 de outubro de 2014

518

eu sou apenas corpo e me amo e me armo
em corpo sem ter aço mas almado pro abate
de espíritas de espingardas pro espirituoso bardo 
sem obreiros da cruz em cruzadas conseguindo 
as palmas sempre de pirro ao pecaminar contrastes
sem vendas na minha vinda pra vitória num espirro
a afinar minha vista com violência em vidro
sem temer consequências de casebres na catástrofe 
e meço sete palmos com pulmões verdes a pino 
e me enterro na folha da floresta ainda filha 
pra exumação vindoura que vermes não verá nem
nos bonsais porque o corpo sem conhecer sua quilha
é só um instrumento hífen pra interferência
da alma essa amarela que nunca adentrou ninguém
nem sei quem ou o que é exigindo excelências
e só existe no corpo que comanda vez em quando
eis o grande mistério o mando maior é do acaso
e ela sem amarras de anglos aglomerados
co nosso arbítrio não há de habitar berbere
qualquer cível califado que lhe coloquem dentro
e patrícia também pode produzir fora de série
vários corpos distintos pra destinos diferentes
exemplo o de quem escreve esbelta e apodrecendo
e o livro sendo escrito pra eternidade emergente 

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