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a
arte se rebela e a religião reata
a
filosofia ficciona e a física desnatura
a
mitologia fala dos fenômenos na falta
de
versão mais valiosa que nem a verdade ilustra
e
permeando cada um como carbono ou água
ao
centro de tudo mais que tevê de tubo ou tuba
na
sinfonia do eu substância pra substituir instâncias
escrevo
minha história desde isto iletrado
sem
omitir um míssil de munique ou miçanga
de
songhais pelo prazer entre prédios sem prado
de
me cantar do quintal pra quinta avenida
ou
da boa vista a arte da anamnese pro alto
de
não me conter nas contas do criminoso sem lista
a
plantação do paraíso pois o poema é pra isso
em
mim por mim e pra mim mesmo o fim não exista
eu
sou a coisa em si sem couro pra ser curtido
ou
caído qual um queixo ou caroço a aparecer
a
vós porque visível a voz que vislumbra ouvidos
por
amor de mim mato sem nem um mês de vivo
o
meu inimigo nato e nem nota que não é
porquanto
sou o amor da avó em ablativo
e
o amante proibido de parentes e parônimos
o
sim do matrimônio pra maltratar a mulher
e
o patrimônio prejuízo à preguiça do homem
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