terça-feira, 7 de outubro de 2014

499

eu descubro visões da várzea ao infindo vazio
pelos pés sem sapatos a solidificar sons 
só não sei o que é o que é que enxergo e rio 
do são dom rei encoberto na excelença entorto o tom
e se não sei muito bem desde bebê que brinco
o que estou fazendo com frases no frisson
de fileiras e colunas pro combate com coriscos
sinto que o que faço fadado ao atual fiasco
é bem bom pros negócios de nego os náufragos riscos 
ou sem culpa escravista em espaçonave estreita  
por isso continuo ouvindo oráculos e ourives
pra soprar o vento aonde vire minha veneta 
que manda eu me mandar só de maldade livre                                               
pra qualquer tempo ou ambiente aguerrido aguirre
que não seja aqui e agora onde as almas existem
sem passar de estar nem exceder o exigido 
desejo vos levar a um lugar sem logotipos
jamais antes visitado ou visto nem em vídeo
eia ao meu navio e até o novo sem nevoeiros
à ilha grande sem bytes pro barco boicote ao bote
de faunas sem fatuidade e floras sem floreios
à ilha de que sou feito sem fazendas nem feias 
do atlas sem atraso e atleta por esporte
com sede de sal sempre no cio sem saia das sereias

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