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eu
descubro visões da várzea ao infindo vazio
pelos
pés sem sapatos a solidificar sons
só
não sei o que é o que é que enxergo e rio
do
são dom rei encoberto na excelença entorto o tom
e
se não sei muito bem desde bebê que brinco
o
que estou fazendo com frases no frisson
de
fileiras e colunas pro combate com coriscos
sinto
que o que faço fadado ao atual fiasco
é
bem bom pros negócios de nego os náufragos riscos
ou
sem culpa escravista em espaçonave estreita
por
isso continuo ouvindo oráculos e ourives
pra
soprar o vento aonde vire minha veneta
que
manda eu me mandar só de maldade livre
pra
qualquer tempo ou ambiente aguerrido aguirre
que
não seja aqui e agora onde as almas existem
sem
passar de estar nem exceder o exigido
desejo
vos levar a um lugar sem logotipos
jamais
antes visitado ou visto nem em vídeo
eia
ao meu navio e até o novo sem nevoeiros
à
ilha grande sem bytes pro barco boicote ao bote
de
faunas sem fatuidade e floras sem floreios
à
ilha de que sou feito sem fazendas nem feias
do
atlas sem atraso e atleta por esporte
com
sede de sal sempre no cio sem saia das sereias
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