terça-feira, 7 de outubro de 2014

483

meu poema não tem preço e seu pregão impugna
não vale um centavo este safo sudário
não rende nem na bolsa dos boçais sem bola ou búlica 
pro povão tampouco presta pois poder não empresta
dá mesmo quando vende a visão pra que vim
é coisa em si pra vossa volição mas não me vexa  
de mim que o faço fezes fenômeno do meu falo
necessário é negar os negócios sem mim
porquanto sou poeta no piramidal pináculo
de um olho notário até sem nada de notas 
a contar sem carecer de compensado à pensão
pra construir casebres sob a carga da encosta
de pensamento abundante sem haver habitação
que me seja possível sem meu peso que não possa
me livrar nem letárgico nos livros da salvação
nem em teste suicida pois já não seria a saúde
da qual sinto ciúme por sustentar minha força
o faço por fazê-lo e pro freezer do ataúde 
não me mornar o mito mas mistificando a forma 
pois só eu posso fazê-lo sem financiamento à física 
de minha pessoa por fies nem fiéis à deia fanfarrona 
senão cansa a existência da espécie em equidade 
e quero me tornar deus ou denominação díspar
mas com mesmo sentido de sobre a sociedade

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