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meu
poema não tem preço e seu pregão impugna
não
vale um centavo este safo sudário
não
rende nem na bolsa dos boçais sem bola ou búlica
pro
povão tampouco presta pois poder não empresta
dá
mesmo quando vende a visão pra que vim
é
coisa em si pra vossa volição mas não me vexa
de
mim que o faço fezes fenômeno do meu falo
necessário
é negar os negócios sem mim
porquanto
sou poeta no piramidal pináculo
de
um olho notário até sem nada de notas
a
contar sem carecer de compensado à pensão
pra
construir casebres sob a carga da encosta
de
pensamento abundante sem haver habitação
que
me seja possível sem meu peso que não possa
me
livrar nem letárgico nos livros da salvação
nem
em teste suicida pois já não seria a saúde
da
qual sinto ciúme por sustentar minha força
o
faço por fazê-lo e pro freezer do ataúde
não
me mornar o mito mas mistificando a forma
pois
só eu posso fazê-lo sem financiamento à física
de
minha pessoa por fies nem fiéis à deia fanfarrona
senão
cansa a existência da espécie em equidade
e
quero me tornar deus ou denominação díspar
mas
com mesmo sentido de sobre a sociedade
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