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mas
ante a lei deus não é ninguém e não é nada
a
lei perante eu e a mania de si mesmo é a marca
de
todos e aconselho aos ateus a atochada
no
cu do céu mas recueis dessa roleta russa
de
botar no cu dum crente se covardes à lei laica
e
amém o que eu quiser é meu código de conduta
e
sem deuses me deito e destarte me levanto
e
dormindo sem defeitos meu cacete duro frui
tão
natural que nunca com as nódoas me espanto
e
esclareço aos espíritas evangélicos de mesa
de
missa ou messiânicos que mistérios não possui
meu
ateísmo de apenas não se ater a rezas
de
só não levar nunca nenhum nume a sério
e
ser sempre sozinho se sanguinário ou presa
tolo
ou ateólogo tudo termina em cemitério
de
gargantear de graça pois não garanto certeza
que
de matéria medra e morre a natureza
até
o melhor da espécie meu espírito de esperteza
e
só dura um dogma devido à vírtus de ser
apenas
um fio de fótons do sem finale de cordas
do
meu egoísmo letrado a lei pra quem me ler
denegar
a cada deus sob as derivações todas
pois
toda coisa está e exclusivo meu eu é
sob
mim senão a suma dos seres que se foda