terça-feira, 7 de outubro de 2014

479

pra não esquecer que estou em evolução escrevo
e ecoo pra não esquecer da minha empresa um minuto
o amanhã do mundo medrará de mim mesmo
cumpro nesses cupons pra capitar o futuro 
cas profecias profanas de perpetuar meu ego 
pois sou sagrado sarrando até sangrar os sumos 
e assim me atrevo sem apelar aos trevos
a mais umas temporadas tal terapia tarada
de permanência do pêndulo perturbando o sossego   
o eterno remedando até renegar relógios
pois não sei como sou poeta potestade em protesto
só não sei é ser outro neste órfico ócio
ocupado de ontem pra hoje em heurekas
porém só eu sou deus me demanda o desejo 
e o meu próprio profeta peregrino sem meca
no itinerário à ilha do meu imbigo aleph 
mas quantos poetas falsos financiados por fics
de deuses tautologias de teológicas teses
porém vencerei porque nunca de pau a pique
pequei com minhas pedras palavras pra quermesse   
da matriz meretriz do modo à avenida chic
de zumbis sem viva alma pra atravessar pelo autor 
o mar vermelho de sangue que sião e seus siameses
cristãos e islãs construíram de quem não creu num só

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