terça-feira, 7 de outubro de 2014

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eu admiro muito no espanto do estético espírito
as belezas naturais nádegas de negonas 
e galegas conas carnes com as quais me contrito
e que abaixo de mim monjolo pra machucar
se encontram se contraindo pra contrair sem contrato
saúde venérea um viva à vulga a me venerar
pois déjà véanus eu belo bulinador de bólides
que tudo o mais limpando ca língua lindo lato
mas não desprezo forma nenhuma que feia fode
nem nenhum mote ingerido ou ideia indigesta 
e rejeito a não ser tal símbolo a sofrer
sempre sob mim gestor pra genocídios ou gestas
as que se acham acima sem asseverar certeza
pois não existem pesadas pra praticar prazer
por isso fora da feira ou feriado de reza 
a estética fria e magra das migalhas pra morte
e da vida cotidiana dos coitados capengas  
assim de másculos músculos meneáveis e fortes
a poesia cósmica vinda até pra vender-se viva
tal a de avon cara e não a cosmética careta 
sim o canto das coisas quentes altas compridas
e largas dos gigantes sem gentalha nem gestapo
não jejuo nem nas justas de gitanos em sesta  
da força que me faz fantasia e espasmo

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