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a
minha cabeça quente nunca queda vazia
e
é quando mais se enche de esquentar a testa
cos
destinos da língua pra letrar lusofonias
que
meus demônios feros de fuzil fazem a festa
com
suas vozes canhestras pra me compor cantoria
mais
a possessão de melos o miolo me molesta
mais
saudável tomo posse da poemável poesia
a
impossível aos outros nesta ode se orquestra
com
virginal vizinha e viés de pornografia
as
viagens dos varões vejo das vaginas pras provetas
num
teogônico dia e em seis danados dias
de
silentes noturnos nada de noite resta
esqueço
ao esquentar o esquerdo hemisfério
se
eu não for maior que a material melhoria
de
mesada tão parca dos pobres prisioneiros
que
cegos seguem sedentos no sobejo neon da via
conduzindo
seus carros pro capital cemitério
e
se eu não for melhor que a momentânea maioria
de
protocolos tão porcos poetas eu cegue sério
como
o pai homero homem-oligarquia
que
é um puta páreo pra parada que quero
ambiciosa
autarquia não a ambição fria
de
babão a buscar benesses e sim frecheiro
lançando
além da luz que minha linha irradia
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