sábado, 4 de outubro de 2014

326

onde e quando lhe praz pousa a poesia
mas antes do gene apenas e após o aqui jaz
nos eleitos sem pátria prometida por pia
muitos os publicados porém poucos os poetas
nem leitores sobejam nem serão mais que um cento
o povo está separado como sempre da seta
meu poema não é vendável aos vulgares ao vento 
do seu sumovivo e só sobrevivo por acaso    
no poema pela poesia sem planos de orçamento
um pouco de pecúnia pros peculiares vícios 
da sobrevivência e vago mas pra vivência vazo 
a poesia como princípio e precipício ao hospício
de toda arte acerca de artêmis ou astarte
que se preze no pináculo do pensamento da raça
do metódico veio do velociraptor vate
ou do apriorístico aonde se atravessa a luz
sem burca ultramarina e com urcas a ultrapassa
é a principal arte aparelhando o habitus
e a primeira antes da alma se aventar
nossas ventas adentro do adônis adendo
pra quem de belzebu se blasona a blasfemar 
ou reza rente ao rés de resignada freira
e será o arco após a arca antincêndio
pra virar pó de caveira e cadinho de caldeira

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