sábado, 4 de outubro de 2014

361

os comichões confesso com calma e orgulho
do enorme desejo de destruir o deus datado
com miríades de beijos busquei a boda e o barulho
da batalha com incestos sem incerto que me impeça
agora eu o próprio priapo sem muito papo
cum desejo mais grande guardado desde a grécia
de vos tentar num teatro sem tato na fêmea flor
a lamber a minha glande sem greve nem governo
na arte assertiva onde hades o predador
ainda não foi provado por parvo pelo paterno
do cada um é ambos no aristocrático amor
da ficada por força do fauno a pernas e perno 
bambos e o bambino de bruços ou geolhos
em prantos e de pé o perduro gargalhando
num passado não distante tão dagora o desgosto
e até dum presente próximo porque o eterno sou 
e tudo um pouco distante daqui donde eu digo
havia deuses demais denegrindo o odor
aos montantes de mutantes às montras de tramoias
porém hoje eu de olho no meu oracular umbigo
nem deus há mais e as multas multiplico em pinoias 
pois comigo não colam calmantes pra indivíduos
ou excitantes coletivos de comércio e comício
a instituir deveres pro direito do eu delido

Nenhum comentário:

Postar um comentário