sábado, 4 de outubro de 2014

362

os que dizem dando uma de donzelos zelosos
que não querem julgar se jactam na jugular
do alheio najas do nepal ou do natal de trancoso
qualquer coisa condenam até cantos e danças 
nem o seu pouco amor de asséptico amador
são capazes de amar amarrados por aliança
e por mais que eu tente pra testar meus testículos
fingir ovos no frigir duma fábula em vão 
não posso praguejar contra a poesia do espírito  
e amaldiçoar o progresso da pátria e sua produção
a reprimir rapsodos raparigas e físicos
mais que o crente sincero com cinco seixos nas mãos
mas nos meus dias de juízo pra não ser julgado julgo
e preparo as piras com planos de diárias iras
pros meus diários de deus destruindo o vulgo
sou um homem de espírito e o esporro nos espíritas
e muito mais que os homens honestos e otários
dos espíritos sem porra pra produzir parricidas
venho não pra ajudar abrão com afrodisíacos 
mas pra obstar obstetra de órfãos afeminados
eu tenho um espírito ou um exército no exílio 
de estados dele menores que eu o deus dinâmico
entanto do espiritismo mais que eles são adictos
os eunucos pro trator triturá-los no tranco

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