quarta-feira, 1 de outubro de 2014

72

por que não durante o dia e duro à madrugada 
quando estou solitário e como sempre soturno
avalio se há algo ou alhures tudo ou nada
sem saber das nojeiras do noticiário noturno
necessito sem clérigos às claras conhecer
o porquê de haver algo ou alhures nada ou tudo
se no cerebral pélago eu pensar em me perder 
porém minha malsofrida prum melhorado prazer
fome espiritual de encantamento escrever
come dúzias de deuses todo dia no serão   
e ainda assim minha alma se acha evacuada    
é doente digestão ao desgasto da gestão     
do inominado hodierno que era homem ontem
mas não se mune de mim como maior avatar
do nume que não tem nome de nascença ou morte 
e vomito em votes pra voltar a devorar
o nume sem nome pois qualquer nom serve de mote
no ágape sacrossanto aos serviçais a cevar
e aos rococós párocos os posnomes são próprios
mas ousado em usos não utilizo alcunha usada
por usura de usufruto de usina não ouso tropo
pra utilitário a faca apenas fio de fatiar
pra fatigar minha fome de fiambre de mahatmas
com ázimos magérrimos e mentiras de manás             

Nenhum comentário:

Postar um comentário