quarta-feira, 1 de outubro de 2014

73

somente eu sou deus e não desejo nem deístas
pois sendo deus desprezo quem deus não é com juros
a despeito dos dagora nem serem divos à vista
sem precisar de dízimos nem donativos de dó
o orago me fala a fu que o filho espúrio 
é um cu a cagar nos carolas e só
merda pra que te quero se querência não me cola
é tantos sem tamanho e a temer ser único
por manha de se fuder com meu falo no seu foba
mas sexo sem o sangue das saborosas rugas 
ninguém o quer pra curar seu corte de rapariga
é somente a palavra da pré-língua ao portuga 
mais drástica e escabra escrita pelos escribas
com qual se depara o poeta profissional parteiro
pro além laudatório em laudas sem uma liga
se arreganhar de bruços com seu buço babado
é tudo e todinho dos terreiros do erro
pra das coisas concretas não ser qualquer barro
é a lavra mais rara de raízes repetitivas
descalabrada e cara cos caretas de crédito
pois lhe troam os tocadores de turba ensandecida
em toda e qualquer parte que prum porto se parta
sem se enxergar o som da silabação sagrada
que se dobra e se brada nos brechós de bruxadas        

Nenhum comentário:

Postar um comentário