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qualquer
coisa começa e cresce inocente
da
e pra morte e morre mirando ou não a vista
e
a morte somente porque não sonha nem sente
é
imortal sem íntimo nem intenção vitalista
a
vida é rapsódia rápida e raquítica
do
sopro do surgimento da seleção elitista
do
vaso principiado do pó que se podia
ao
desvão democrático da danosa populista
sem
anoitar o aceso ou apagar o dia
que
sempre nos suspende num segredo ocultista
pois
equânimes os pródomos pequenos na partida
kenômicos
a esperar extensão pra sua estatística
crescem
por secreção de cancros de alheios crimes
e
amanhã são alimento da armazenante ruína
sem
um nome ou nume que de novo os anime
parecem
todos de perto pouco e perturbantes
pra
quem não quer viver de venenos nem vacinas
mas
a morte é demais se degola um dia antes
e
o grande que granjeia grandiosidades seja
ao
descer à desdita pra desintegrar-se em tudo
uma
vida enorme por exígua que esteja
de
tudo desgovernada e desvirtuada nos dutos
pra
carecer do corte de tão cabal inveja
que
a acaba num estanco na entrada do estudo
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