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a
vida súbita surge pro sempre ficar surpreso
e
ela duvida logo em letras e logaritmos
é
opressora pressa se permanecemos presos
a
algo antimaterial que ainda não tem gosto
e
apesar disto arrosto e à angústia o vestimos
é
o falso sentido e o sentimento suposto
de
quem morre à míngua em mitos natalinos
sem
nomear seus numes nem nortear a missa
é
dúvida e dúbia dês dantes do menino
mas
é de quase certeza a cética sentença
de
que eu não viverei sem as vocíferas vísceras
que
não me deixam sumir no sacrifício sem ciência
de
não viver a vadiar em vulvas co linguajar
pois
negrejar alvados é hausto de alegrias
e
de qualquer maneira a morte me matará
pois
a vida se vitima e sem vaidade avia
pra
avançar avulsa em alegoria convulsa
e
difusa se fundir a febo em fértil folia
e
à argentina lua que languidamente luz
contudo
avaros pra voar nas volúveis verdades
não
é pra vós na vez da voz do meu eu pra cus
cada
um colocado em conformidade e fila
co
paradoxo de todos nas tentativas tíbias
de
demonstração rara na realidade rija
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