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se
vive magramente pro que se morre ao montão
a
vida é uma frágil e faceira fortuna
entre
tantos tentames na temporal lentidão
de
engulhantes fótons é fugidia fagulha
no
inverno interestelar de infinita escuridão
sem
certidão científica de sortes nem agruras
em
protozoas partiu em princípio vazada
da
magna matéria magma que mornado num átimo
o
plasma prontificara e os prótons unificara
é
canto de calor com contramestres hefáistos
a
carne aquecendo no algente que aconchega
no
conhecimento crédulo controverso de ginásio
que
quer o teotl todo e o tao com suas negas
mas
tudo separa em pares nas pernósticas peneiras
sem
reparar nos resíduos após a revisão cega
é
sucessão insana e incessante interação
de
biológicos binômios no beco sem saída
não
inda equacionado na heroica evolução
do
impiedoso íntimo que intimidam ainda
com
orientais morfinas pra maior mortificação
da
revolução sem ovos nem óvulos orfina
duma
vida de cálculos completa e complexa
que
no limbo largará o languente da anima
pra
construir do corpo um colosso que perplexa
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