quarta-feira, 1 de outubro de 2014

115

pros vivos sem os vivas pra valer a estadia 
e com vaias ao que os núcleos co numinoso nos nutre   
a morte é temor tumor sem terapia
de circuncidante achaque de um antro antrópico
que explica e prova sem pároco nem parar
o que é a existência que emana do utópico
pros mártires mascararem com mortalha o naturante
é diva que nos veste a vida de visar
que condena e complica a copla implicante
do exício silente que no céu nos salvará
e não há algo algures a ser algoz do gozo
nem ganexa a galgar um garboso lugar
no final da finura e no fígado dos dons
de fetiches e fantasmas mais fecundo e poderoso
que a misteriosa morte a municiar amons
que a cada um contempla com sua coberta-placenta
e a todos envolve e enevoa com enganos
a vencer nossas vidas sem se vomitar completa 
a estrumar esperanças com esporas e arreios
de no há de vir viver-se mais que se vivera em anos
na circular cavalgada na qual compete o creio
no teatro de tanatos pra todos nos arruinarmos 
e aonde anteposto o andante cavaleiro
do mais presto cavalo não é o cã coroado  

Nenhum comentário:

Postar um comentário