sábado, 4 de outubro de 2014

275

se é boa ou má sorte da sublime à suína
se saberá apenas após o acontecido
se de bom ou de ruim se riqueza ou ruína
a depender de mim a menosprezar mendigos
e até dos suplicantes a superstições pro sobre
porém sabendo da sorte de ser do predomínio 
da racinha humana que urde as urbes pra orbes
sem azar pra achar azos me alço a olímpico
o treze travestido de temeroso adobe
e doze pra dobrar o dodekatheon
pois se o oráculo ordenar opinioso sem respaldo
em ondas ontológicas de oncaymaeon
até com meu pai fulero pra mais que feito fidalgo
e com minha mãe fodo pra me fazer o fastígio
pretendo ser produtor nem que padrasto de algo
e pra tanto não postergo meu passo pro prestígio
o mais rápido que posso me ponho a peregrinar
no periódico nem penso e as palavras no ofício
gosto do clima tenso sem tempo tanto o tumulto
de não saber o verso que do meu vergel virá
porque azar é achar em amuletos pra vultos 
que há sorte na mamata ou pós-morte pra média
mas nenhum passa ou piora com passes ou tributos
nem uma dor de dente quiçá drásticas tragédias

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