sábado, 4 de outubro de 2014

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ou logo nos entregamos com estro estragado
ao modismo alheio alimento de aprendiz 
ou diário nos rebelamos com rácio retesado
contra ele sem ética pra exumar os zumbis
a constituir moda sem medo dos mandatários
das nossas próprias veias valor pra seu verniz
a usar mote metódico e maleável no instável
e há modas religiosas com seus ritos pra se rir 
e filosóficas frágeis mais fofoca que caso
e políticas patotas de poder por sorteio
das louquíssimas ideias do instinto ao intentado
que juntas somente servem se me sirvo dos seus seios
pro meu modo poético de poderio sem pouso
nem parceiros em sua pátria como um pobre cristo
destinado a ser rico num rito rigoroso
a razão do meu escrito sem um erro de espírito
a partitura e a pintura na panóplia da escritura
a pingar em pulsaçõespirotécnicas um ritmo
no início no interior e no infinito da reta
com regulação de rima e régia aliteração   
do seu cântico culto cultivando até molestas 
abóbada de circo sagrado e sacana
de desencanto e espanto co extremo da evolução
de lona furada ao céu de suez à samarcanda

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