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não
me ocupo de homem ou orangotango que o valha
corno
de cá com lixo do lar ou loja pro largo
ou
se distante daqui drogado da cornualha
me
ligo em mim limpando a lâmpada do querer
pra
mais luzes meritórias e menos leis e encargos
em
minhas fases e faces a florir-fenecer
pois
estou todo em mim em matéria e matésis
e
me sou por completo a complicar pra crescer
devoto
por vocação à voz que eu me verse
não
por dever afásico mas atraído por alguém
e
amistoso cos amigos pois amar eu consigo
sem
armas nem armazém ou não há e a ver também
só
se estão por perto pra palavra e pro púbis
do
meu desejo estético pois como eu não enxergo
iracema
ou américa o amor com arcabuzes
a
ideia duma coisa nem do catequista kong
exclusivamente
as coisas que caem de cansaço
podemos
amar ainda que o artista se alongue
em
juazeiro ou na judeia sub judice ou cruciado
porém
não há como amar azarado dom joão
ou
giacomo as coisas todas e casar com cada caso
a
maioria nem conhecemos a cara embora os canais
como
amar alguém com anéis no dedão
sem
ver sua musa melada na mesa miando por mais
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