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os
mitos e as metas dos meus mestres poéticos
superior
em procelosos prazeres e perigos
me
impõem com seus impérios de ilusões de léxico
um
protônico peso de potenciadora vida
ao
que a ceifeira dama me dispõe com o domínio
de
seu fosqueado fato e sua foice afiadíssima
e
em letras foi custoso me conservar só comigo
até
o ancião antes anos-luz afastado
da
orgástica hora do hoje tão contíguo
e
gozo este presente e o parteiro passado
pois
da minha voz vulcânica sem válvula que alivia
serão
o amanhã e o ademais já aguardado
sem
eu sucumbir silente e servo às litanias
nem
diante dum dito de decrépito arquétipo
e
meu núncio em nome dos numes das modernias
do
passado de papiro e papel sou construção
pra
no agora digital eu destruí-lo em disquetes
e
em nome do futuro de mais fusão e fissão
interpreto
o primeiro nas provas das palavras
pra
predizer o último na união dos únicos
me
ocultarei em outros outeiros por temporadas
e
ciente que me situo no sinótico meio
sorvo
o suprassumo do científico fruto
pra viver mais pois a vinha da vida saboreio
pra viver mais pois a vinha da vida saboreio
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