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eu
não oferto carta de crédito de confiança
a
um deus pessoal com peçonha ao pecador
que
esteja a me esperar numa etérea atlântida
da
qual eu seria súdito a me selar pra ele
e
um servo seria se com sereno amor
me
contivesse casto sem contato com peles
a
deixar o dito mal que é milagre e o melhor
este
cúpido corpo que não carpe uma lágrima
mas
não fico com sinal ou senha pro supressor
a
esperançar um asura da ásia ou da áfrica
que
não me tem a sério em suas sinópticas séries
a
saraivar meu cérebro com cipós da via sacra
sem
estagnada esperança de extinto taurino
que
agora é gado numa gaiola guardado
espero
não dever a nenhum divo daninho
nem
me raquitizar em ramadãs remitentes
prescritos
por pajés tais perfeitos remédios
espero
não creditar em conta a correntes
a
nenhum nodoso deus doidivanas por débitos
nem
minha vadia vida de viagens só de ida
nem
do tetro trem o óbito sem mais turnês se édito
porque
a esperada cura pra curumins e quixotes
é
cáustico clister de canseira e tédio
sem
sanchos e sem machos na monarquia da morte
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