quarta-feira, 1 de outubro de 2014

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eu não oferto carta de crédito de confiança
a um deus pessoal com peçonha ao pecador 
que esteja a me esperar numa etérea atlântida 
da qual eu seria súdito a me selar pra ele
e um servo seria se com sereno amor  
me contivesse casto sem contato com peles
a deixar o dito mal que é milagre e o melhor 
este cúpido corpo que não carpe uma lágrima
mas não fico com sinal ou senha pro supressor  
a esperançar um asura da ásia ou da áfrica
que não me tem a sério em suas sinópticas séries
a saraivar meu cérebro com cipós da via sacra
sem estagnada esperança de extinto taurino
que agora é gado numa gaiola guardado
espero não dever a nenhum divo daninho
nem me raquitizar em ramadãs remitentes 
prescritos por pajés tais perfeitos remédios
espero não creditar em conta a correntes 
a nenhum nodoso deus doidivanas por débitos
nem minha vadia vida de viagens só de ida
nem do tetro trem o óbito sem mais turnês se édito
porque a esperada cura pra curumins e quixotes
é cáustico clister de canseira e tédio
sem sanchos e sem machos na monarquia da morte   

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