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na
comédia sem atos atiro ao aleatório
e
quem quer que eu vare a vitória à vera
é
minha pois sou todo sem taxar o teatrólogo
o
dramatis personae mais populoso que a pérsia
da
peça bem pesada e pensada mal e sei
que
dois formam família até sem filhos nesta
incontinente
ilha e três institui manada
mas
só um é suficiente pra sondar com torquês
o
inconsciente toldado e todos torná-lo nada
que
pereça o país mas dum pé eu não me queixe
se
são cinco mil manchas a mancar numa turba
e
apenas cinco pães e um páreo de peixes
faço
fome na fila e fundo na minha cuba
enfio
o festim e falo que o felino comeu
contudo
sou mais cruel e um cone de fuba
mais
mérito tem pra mim que o maná do céu
e
os peitos de prata e porque o sol da juba
aqui
não estou nem aí pro alheio que se fodeu
sempre
existirão esmoleres mas esperto
e
rico como eu jamais com mais júbilo a jazer
como
grão desterrado nas dunas do deserto
que
a ser parte no saco da sujidade ralé
se
expiando se estranhos não estão por perto
ou
de mel carecida pra côdea do café
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