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o
príncipe do planeta sou porquanto o venci
a
depreciar as divinas dádivas pois são dívidas
e
as humanas glórias de garra à gola dos vis
e
exerço a exclusiva que existe na vida
a
minha de ser eu mesmo pois deste modo o quis
nem
quero consagração dos cortesões de rapina
pra
cabeça coroada nem que os calejados pés
me
lavem de cara lisa boa de levar é pisa
os
por hipnose hipócritas e os hidrópicos lebréis
pois
não osculo ovos nem de orgíaca cacauína
de
paixão dum platônico ou passagem de ralés
e
não creio em caligem nem me curvo às retinas
vão
pra porra os príncipes do planeta e suas divisas
senhores
não existem pra quem escravo não é
quem
a si mesmo se ama acima que nem avista
de
todas as coisas casa comida e por comer
o
único pecado é preterir o próprio
por
qualquer alheia guisa de gado pro gourmet
e
me afirmo sentencioso o singular sagrado
santificado
seja meu nome tão sonoro
embora
possa haver alguém assim chamado
mas
não este eu cumprido no canto tanto quanto
no
mudo monitor aqui é o mundo todo
pra
sua grande glória é grave que subumanos
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