sábado, 4 de outubro de 2014

310

eu quero ser muito mais que mártir ou matador
ingênuos da história pra instaurar do manguezal 
meu espaço vital da mais valia ao valor
mais um pouco que mito mantendo a memória
pretendo ser o deus-pai dos poetas que pra mortal
intenções imortais ou a interdição da escória 
não só a explicação explícita nem o espectro
outrossim a verdade e a vontade vencedora
pra fazer o futuro sem faturas e com mérito  
sem concurso pra compor o cristo que serei
o meu curso concebo na cabeça dum prego
e o paço que faço de freelance pro freguês
ou penso pra em estadistas engendrar erosão
será justificado ou já por justaposição 
por e em mim mesmo preso na panela de pressão
pois sem procuradores não procuro a propina
de justificar carinho por carne e carnificina 
pela ação por mais aço do adolfo que assassina 
ou pensamento alheio embora eu ame anedotas
o que faço é pensando na paz ou pós das putas
e penso pra fazer senão falsa a frota 
de mim a mistificar-me pois o mundo não é cheio 
e a rápida resposta sou rente à pergunta
pros meus anseios de solares satélites e seios

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