sábado, 4 de outubro de 2014

309

sem defensor pra deter meus direitos autorais
eu me sinto seguro sem um centavo na boca
em mim está o que foi nas fazendas feudais
sem finanças nem preço preocupações são poucas
e o que será nos sítios sem uma cerca sequer
mas de mim armado apenas aqui do botim à touca
um pomerium é prescrito se portanto eu pretender  
uma obscura mistura de matemático e místico
assim não temo nos mitos e micros me meter
em abissais apuros aonde não vão moças  
eu sou ateu com deuses dançando ainda sem disco
e a caçá-los nunca corro por corsas níqueis ou moscas
por existir sempre escóis a se enxerir nos papéis
pra eu matá-los e furtar-lhes a força do falcoeiro
que não finda e assim prendo pégaso com os pés
de espora e à rédea curta e como um carteiro
ao contrário corro atrás de cães vadios de porto
pra colher correspondências caladas no tinteiro
pelo ínvio ao infinito de indiscreta vista e volto
na garupa com palavra poema ou parnaso inteiro
e empino o equino na entrada do golfo
e construo um novo argos pra abrasileirar a arábia 
com as notícias de naus nuas nas águas do povo
de virgenzinhas vestidas só de vítreas anáguas

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