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sem
defensor pra deter meus direitos autorais
eu
me sinto seguro sem um centavo na boca
em
mim está o que foi nas fazendas feudais
sem
finanças nem preço preocupações são poucas
e
o que será nos sítios sem uma cerca sequer
mas
de mim armado apenas aqui do botim à touca
um
pomerium é prescrito se portanto eu pretender
uma
obscura mistura de matemático e místico
assim
não temo nos mitos e micros me meter
em
abissais apuros aonde não vão moças
eu
sou ateu com deuses dançando ainda sem disco
e
a caçá-los nunca corro por corsas níqueis ou moscas
por
existir sempre escóis a se enxerir nos papéis
pra
eu matá-los e furtar-lhes a força do falcoeiro
que
não finda e assim prendo pégaso com os pés
de
espora e à rédea curta e como um carteiro
ao
contrário corro atrás de cães vadios de porto
pra
colher correspondências caladas no tinteiro
pelo
ínvio ao infinito de indiscreta vista e volto
na
garupa com palavra poema ou parnaso inteiro
e
empino o equino na entrada do golfo
e
construo um novo argos pra abrasileirar a arábia
com
as notícias de naus nuas nas águas do povo
de virgenzinhas vestidas só de vítreas anáguas
de virgenzinhas vestidas só de vítreas anáguas
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