segunda-feira, 6 de outubro de 2014

384

exclusivamente eu o excepcional posso
me dizer ao pé da letra de lido sem lero-lero  
e simples como samplear sambas fundo de poço
o sagrado pra mim mais que muralha ming
pois exclusivamente eu que no exagero me gero
sou sagrado pra mim mais que magia de merlim
e ao me dizer em versos me vem uma vontade
de ser pra vós em testigo pelos templos e tempos
um deus dos bons de pênis pras putas e não padres
um diabo dos ruins com rum pra rumba aí dentro 
e então acuso a récua e sem recuo me recuso
a ser avaliado por avalista avarento
como igual aos índios e industriais canibais
ou a todos os homens homessa que horror
por mim mesmo nem pior nem melhor por mamãe
que esses gados gordos se godos ou quibundos
melhor sou mirai o mote que massa florentina
e se os bons me sacarem num sebo de subúrbio
e as laudas lubrificarem com a longarina língua
talvez melhorem o sítio e o sistema solar
mas se os biltres em britânicas bibliotecas tão limpas 
que dá nojo trepar me acharem talvez travem 
o idh da islândia e isolando meu dna 
me igualem aos inúmeros inúteis que desvalem

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