sábado, 4 de outubro de 2014

336

a poesia veio de longe de línguas lentas sem letras
há tanto que as teorias se toram em confronto 
mas neste instante de intrigas e instigações pra entrega 
se escreve eternidade extraída deste centro
sem contos mas comercial comunicação cos mortos
e expressão pros vivos após validar meu vento 
que livre de espírito pra estuprar o estrito
e expandi-lo nos espantos do espírito santo
está em toda parte em pirâmide e parido 
na incessante viagem por valor ou vadiagem
em tudo prima tecendo mais terças pro aumento  
do poema todo prole de poemas sem pajem
dos xamãs a me chamar com chamejantes enxames   
pra poesia de exames do espírito enegrecido 
e é o que tenho feito pra no fugaz forames 
e seguirei a fazer furúnculos na fazenda
mas a minha poesia é no presente que presido
a deles jaz instituída sob ideologias e imprensas
na sua lei cas vilezas e vantagens da sua vez
o já é da minha voz cas vintages e vivendas 
da minha alegria de alegórico arnês
da minha lei que torce pra toureiro e touro  
bailarem no melhor dos mundos este mês
da fusão das fatias que não faziam um todo

Nenhum comentário:

Postar um comentário