sábado, 4 de outubro de 2014

335

ao mau entendedor entediado no enterro
das estrofes difíceis de deglutir no deserto
do diário são o que são sombras sem haver certo
uma palavra inteira a interagir no intestino
o que quero dizer da sua derma pra dentro
mais pra balaão de birra que pra sua burra de tino
embora esta ore aos onagros de hoje 
de vero poucos ouvem no oco de seu orco
porém muitos de mentira pois morgados à noite
quem sabe não erguerão pro extermínio do escolho 
as enormes orelhas por horrorosas horas
à eloquência antiga ajustada aos antolhos
cum in-on mais a caráter às suas caras carolas
mas recriminar os outros organizações e ogros 
é bem fácil fuzil na mão da fala que enrola
pelas ações exóticas que executam com êxito
mesmo a minimalismos de miasmas animalescos
matando a flor do lácio nas logadas do seu léxico
e não se comete claro o mesmo crime-poema
com as estranhas línguas de latidos e lamúrias 
conquanto se cobice em contravenção sem pena 
à versão oficial de oliva ou olavo
se fizesse quem fez aquele fiat umbra 
o dono do infinito no idioma inefável

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