quarta-feira, 1 de outubro de 2014

22

globalizada glória e glamourizada honra
a mim o eu que moteja dos muares pra música
nas alturas baixuras desta bola bariônica
sou o meio e a medida pra multiplicação húmica
e em idílios da libido que lambe literatos
a palavra sem calvários em carne se me comuta
e segue com mil rumores e sem rumo rastreado 
pra de espirituais cantos me conheceres em corpo
em ti num sopro sem fé eu me fazer um fado
e em vozes te violentar em venusianos gozos
pois se perpetua o poeta pela palavra em letra
do dativo espírito de elevado escopo                                  
mas a imagem indica um ídolo somente
até quando é réstia e reflexo rarefeita
da palavra radioativa de ruídos ridente  
sem cor nem coração nem combinada armação
mas que viril com seu falo fala mais fortemente
que a linguagem frígida de flácida flexão                        
a palavra sem escrita de escribas e escriturários
separara da senda do símio os homens mas estes
ao único não se erguem estiados estagiários 
que ainda são do código cadimo de cadmo e seguem
sonâmbulos por seus sonhos de céu como corolário
pra das deidades serem as sementes e sêmens                   

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