quarta-feira, 1 de outubro de 2014

23

meu falo está fora do faro do contexto
meu texto contestador é o que canta e conta
num moderno paramento do pornô palimpsesto
mas o período parado é pretensiosa afronta
e eu não estou preso ao prófugo presente
dos decrépitos devotos com desejos de contas              
nem me dão dó de deixar-me doente de asmo ou asma
pois não requeiro razões que racione sazões
em nada do que falo da fonte e seus fantasmas
a razão sem uma rádio que vá da ralé à zona
é quem cão me cobiça nas coisas que silencia
e urizen é somente um dos sais que me sazona  
quem me faz não temer têmis na teomaquia  
e audazmente meter com a materna métis
onde pra eu moldar uma minaz maioria
fertilizo minha filha mais forte e sabida
mas como pesam no pouso e sem pesares mentem
sem siso do pensar por pavor produzidas                       
as daninhas sementes semeadas sem sêmen
e o fruto sazonado sob sutras sombrios assaz
intempéries temendo e tal uma trama treme  
e nas tementes mentes se mete e se misturou
ao bile vibializando o verbo vilanaz
das vilezas de valor de virtude e amor                              

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