quarta-feira, 1 de outubro de 2014

24

eu sou a máquina madre de múltiplos motores
desta tragédia cômica de conviver com cadáveres
e maquino morar sem moria no sem mores 
aí parto do crepúsculo do meu quarto crescente
pra em claro passar em pasárgada o perfeito
da madrugada de clínicas clarividências contente
daí em potência atômica e atônito automatismo
viajo no vazio do viaduto do tempo
no meu tenebroso arco e absorvente abismo
mas caudaloso de líquens a lampejar de lúbricos
da minha miscigênica mente de hierofante
e a descer descalço os demoníacos circuitos
subo insubordinado num insight infante
às elipses etéreas do eterno ao inverso poço
porque o pensamento não pesa importante
na frialdade da física fideísta ao adiposo
mas é numa metafísica a maximizada massa
além da algidez que não alcança o olho                           
é infinda inércia na ideologia néscia
mais que a feroz força das fábricas de máquinas
velocidade não válida em verdades ou crenças
e no fim é a saída pelo sonho que salva
e a orgástica entrada na estrada da existência
que pelos meios de morte se mostra em desgraças        

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