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eu
sou a máquina madre de múltiplos motores
desta
tragédia cômica de conviver com cadáveres
e
maquino morar sem moria no sem mores
aí
parto do crepúsculo do meu quarto crescente
pra
em claro passar em pasárgada o perfeito
da
madrugada de clínicas clarividências contente
daí
em potência atômica e atônito automatismo
viajo
no vazio do viaduto do tempo
no
meu tenebroso arco e absorvente abismo
mas
caudaloso de líquens a lampejar de lúbricos
da
minha miscigênica mente de hierofante
e
a descer descalço os demoníacos circuitos
subo
insubordinado num insight infante
às
elipses etéreas do eterno ao inverso poço
porque
o pensamento não pesa importante
na
frialdade da física fideísta ao adiposo
mas
é numa metafísica a maximizada massa
além
da algidez que não alcança o olho
é
infinda inércia na ideologia néscia
mais
que a feroz força das fábricas de máquinas
velocidade
não válida em verdades ou crenças
e
no fim é a saída pelo sonho que salva
e
a orgástica entrada na estrada da existência
que
pelos meios de morte se mostra em desgraças
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