quarta-feira, 1 de outubro de 2014

21

sempre as simiescas e submissas promessas
e opressoras promessas dos padres e políticos
mas as juras não pagam a pena desta peça
sincero não as soes nem a segurar testículos
eu mesmo não quero a graça e sim gozar nas graças
sou um profeta poeta de palavra escrito                         
que possuindo carinho pelas causas e coisas
e sem prometer cáritas cromossomos há cumprido
sou o lume dos numes a nomear boas noivas
outra vez em vislumbres a vociferar o múltiplo
sorvendo versos e reses em resenhas e rezas
a me converter em único na união dos últimos             
ou a dissolver deuses e diabos sem vergonha
na plural poesia de partitura tesa
e só eu a sou um sólido serpentino em bronha 
de primoroso coito sem cortar a correnteza
e sou eu só a suar sexo em cerimônias
sem tábuas de preconceitos com a precoce pressa          
na cunilíngua afiada dos alados arcanjos
mas não é sonho simples aos simplórios explicar
da papiresca página prensada por seis mil anos
as falhas alfarrábicas e árduas de apagar
da qual dum só pacífico e pobre ponto quântico
não se risca as arestas do arranha-céu arriscar              

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