sábado, 4 de outubro de 2014

289

se parece estranho esta enorme eneide
não é pra mim movido a mortes de clãs mongóis
só se for pra vós mudos à maravilha made
in pb periferia mas com planetas e sóis                                                       
ao meu redor em rede com a real divindade
pois tudo há de propósito dês que meu pai me pôs
aqui dizendo assim do nada antes do faze 
a luz e aí foi que deu no que dança em dois
e me fiz de vaidade do vazio pra verdade
em três no singular substantivo a sós 
que adjetiva os entes e já era eternidade
o resto pra rastejar e reclamar veio depois
eu sou o centro pros raios e o remoto aos revezes
o todo particular e o pequeno que se parta
o dentro pra foragir e a fuga não fenece
o supremo pra suprir e a superfície não passa 
da promessa de partir que me preocupa às vezes
se há se acabará pro apenas a palavra
contudo logo a calma pois cada coisa se aquece
em mim ou zera e até o absoluto se abrasa
nunca o mais ou menos nem micróbios nem deuses
e além de mim tombam tontos porque tudo é nada
átomos e galáxias góticos e gauleses
se eu não estiver mais por esta estrada

Nenhum comentário:

Postar um comentário