sábado, 4 de outubro de 2014

288

do vento de veneta varredor do estagnante
não quero ficar fora por feira missa ou comício
cobiço de vendeta com minha verba volante
a escrita se mantendo tal montanha pras massas
e do tufão vou à íris pra isso e à infanta
pra furá-laaté cheirar só a chacina a chaça
com ácidos argumentos pra argue na garganta
dos gusanos dos governos e das gárgulas sem fala
que meu pensamento possa paciente na esperança
mudar tudo por fora o que fôra e o que se faça
do meu cérebro com som mais que cedê possante
de populista joça até a joia sem jaça
como mudou por dentro o dantes ao diante
e quem sabe não ocorra e o oráculo onisciente 
logo-logo e o corre-corre comunicante 
uma grande catástrofe pra castrar cada cliente
e o capital sem cabeça e quiçá a fama e o afã
da espécie da terra treme-tudo tremeluzente
e eu seja sujíssimo de cinza o xamã
que reconstruirá de ruínas e relaxos
a mágica montanha de meru ou tai shan
da qual descenderei com doze descendentes
com as sobras do sóbrio e do supino abaixo
pra povoar o mundo ca megalômana mente

Nenhum comentário:

Postar um comentário