354
de
mim sou um idólatra e iconoclasta do impróprio
porém
em cada coisa caso ca natureza
e
enxergo a beleza de bamboleios e bólidos
inclusive
no escuro das estações europeias
em
tudo até em trilhos tersos e pontuais
e
a feiura a formalizar até as feras na ideia
da
coisa que sem caso com o corpo mesmo linda
num
rebolo não bate a bunda dos bacanais
e
admiro as outras beldades desta bola bulida
mas
com princípios de príncipe precipitado pro supra
sou
um narciso ainda que em águas abissais
e
sei que não são mais belas mil bagres pruma bugra
que
os olhos pra morada do milagre cos quais miro
o
areado espelho e o espectro se espalhando
me
amo de paixão parte por perto o primo partido
e
sou correspondido a cada vez como a prima
e
me vejo e a verdade se vislumbra e me gamo
e
em primeiro plano me pego não pela rima
da
beleza da mulher o mármore dos melhores
primeiro
só eu sou homem de ofício ostensivo
orfeico
sem oficina que me obre o cobre
não
feito em faculdade ou por fiscais incentivos
em
efeito o mais enorme espetáculo do orbe
e
parece que o pior é plagiar-me em intensivos
Nenhum comentário:
Postar um comentário